Apesar de muita gente saber que tanto o concreto como o cimento são materiais indispensáveis para a construção civil, nem todo mundo consegue dizer qual é a diferença que existe entre os dois. De acordo com o site Today I Found Out, em termos gerais, a palavra “cimento” serve para designar qualquer substância utilizada para manter vários materiais juntos.
Já a palavra “concreto”, por outro lado, se refere a uma mistura de materiais — como areia, cascalho e outras pedrinhas — que pode ser combinada com água ou qualquer tipo de cimento. Em outras palavras, o concreto é a estrutura resultante da mistura do cimento e outros materiais, enquanto o cimento é apenas um dos ingredientes que fazem parte da receita.
Cimentado no tempo
Fonte da imagem: Pixabay
Uma das formas mais antigas de cimento criadas pelos romanos consistia em uma mistura de cinzas vulcânicas e cal. Hoje em dia, entretanto, esse material normalmente apresenta duas formas: a hidráulica e a não hidráulica. A primeira forma se refere a qualquer tipo de cimento que precisa da adição de água para dar início à reação química que endurece a mistura e também a torna resistente à água.
Fonte da imagem: Pixabay
Esse é o tipo mais usado atualmente, já que é incrivelmente versátil. Aliás, a reação química que provoca o endurecimento do material ocorre independente da quantidade de água presente na mistura. Isso significa que esse cimento pode endurecer inclusive quando se encontra submerso.
O cimento do tipo não hidráulico, como você já deve ter deduzido, não endurece na presença de água e necessita de um longo período para secar. Além disso, esse material, apesar de ser mais barato, não é ideal para ser usado em ambientes úmidos ou que fiquem constantemente debaixo d’água.
Concretando
Fonte da imagem: Pixabay
Você já deve ter ouvido falar no cimento Portland, não é mesmo? Esse material é o mais comum hoje em dia, e graças à sua alta resistência e ao curto tempo de secagem, é ideal para ser usado na fabricação de concreto. Como mencionado anteriormente, o concreto consiste de uma mistura de cimento e outros materiais, sendo que aproximadamente entre 60% e 75% dessa mistura são compostos por agregados, como pedrinhas, areia e até concreto reciclado.
A escolha dos agregados depende do uso que será dado ao concreto, mas, graças às suas características — como durabilidade, resistência ao fogo e à agua, baixa manutenção e impacto ambiental —, as possibilidades são praticamente ilimitadas. Tanto que não é à toa que ele se tornou o material mais largamente usado pela humanidade em todo o planeta.
O cimento queimado está conquistando muitos adeptos por ser uma opção rústica, elegante e, pasmem, barata! Ele é um material coringa, combina com tudo desde cerâmicas à madeira. Engana-se quem acha que um ambiente com piso de cimento queimado é frio e impessoal. A gente está aqui para provar a sua versatilidade!
Ele não é nada mais que um piso fabricado a partir de uma argamassa feita na obra com a mistura de cimento, areia e água. Queimar o cimento não tem nenhuma relação com fogo. Esse é apenas o nome dado ao processo de jogar o pó de cimento sobre a argamassa ainda mole. Então, a superfície deve ser desempenada, espalhando esse pó, deixando o conjunto bem lisinho. Após secar, estará pronto o cimento queimado.
foto: Kababie Arquitectos
foto: Boudreaux Design Studio
foto: Kimberly Peck
O material, como já falamos, é extremamente versátil e durável, e pode ser usado não só no piso, mas também em paredes e até em bancadas. A limpeza é bem fácil, pois a superfície é lisa e, assim, evita o acúmulo de sujeiras. Pode ser usado em todos os ambientes da casa e, se você morar em algum lugar muio quente, ele vai ser muito mais que bem-vindo. Possui uma grande resistência à abrasão e é bem difícil quebrá-lo. No entanto, uma das características mais comuns do cimento queimado são as trincas e fissuras. Essas pequenas fissuras fazem parte da natureza do material e dão até um certo charme urbano. Porém, as grandes trincas podem comprometer a resistência e a durabilidade do piso.
foto: David Vandervort Architects
Como tudo na vida, é necessário contratar mão-de-obra especializada e experiente a fim de evitar maiores dores de cabeça no futuro. Muitos pedreiros afirmam que sabem trabalhar com esse tipo de piso, mas a realidade é que muito poucos sabem realmente executar um bom cimento queimado. Juntas de dilatação de plástico, madeira, pedra ou metal ajudam a evitar as fissuras, além de aditivos que podem ser misturados na argamassa para que o piso adquira mais resistência, evitando, assim, as tais trincas.
Uma dica antes de contratar um profissional: procure ver alguns pisos feitos por ele. Observe se ele se preocupou com o correto nivelamento e veja se o piso apresenta trincas esteticamente admissíveis. Cabe lembrar que na hora de dar uma cor ao seu piso o colocador deve usar a mesma marca e lote de cimento em um ambiente, para que a tonalidade se mantenha uniforme.
Para a finalização do processo, quando o piso estiver bem seco, é preciso aplicar cera ou resina.