Inspiração Vamos falar de retrofit? Uma das grandes tendências atuais da Arquitetura!

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Vamos falar de retrofit? Uma das grandes tendências atuais da Arquitetura!

Mesmo com a concorrência cada vez mais acirrada e o mercado de trabalho em oscilação, a Arquitetura oferece uma série de oportunidades para que nós, arquitetos, possamos atuar. Uma delas, cada vez mais em ascensão é o Retrofit. Mas apesar de em tão evidência, será conhecemos tudo o que significa o termo? Muitos estudantes tem dúvidas e olha, se você não sabe muito para qual área seguir, preste bastante atenção nesta.

O Retrofit não é uma simples restauração a qual consiste na restituição do imóvel à sua condição original ou a reforma a qual implanta melhorias mas não se preocupa em manter as condições originais do imóvel. Técnica surgida na Europa e nos Estados Unidos, por volta da década de 70, o Retrofit tem o objetivo de revitalizar antigos edifícios, aumentando sua vida útil, por meio da incorporação de tecnologias modernas e utilização de materiais avançados.
Uma das principais motivações para o surgimento do Retrofit em países da Europa e nos Estados Unidos foi justamente a legislação rígida, a qual não permite que edifícios históricos sofressem modificações que os descaracterizassem por completo. Sem possibilidade de demolição e criação de novas obras, a opção que restava era restaurar o existente. Atualmente, na Europa, cerca de metade de todos os projetos arquitetônicos lançados anualmente são Retrofit.

Preservação do patrimônio histórico ao mesmo tempo em que permite a utilização adequada do imóvel. Foto: Gazeta do Povo

No Brasil, o conceito de Retrofit começou a ser melhor estudado e trabalhado no início dos anos 2000. No entanto, a demanda para esse tipo de projeto aumentou consideravelmente nos últimos anos não apenas por causa da preocupação crescente com o patrimônio histórico, como também por ser uma opção de conservação e melhoria do patrimônio em áreas de potencial construtivo esgotado, como as regiões centrais de nossas metrópoles. Neste aspecto, o Retrofit alia-se com o planejamento urbanístico das cidades, se impondo como uma grande opção de sustentabilidade também nesta área.·

Além de ter custos mais atraentes em relação à construção, na maioria dos casos, o Retrofit também apresenta outros tipos de vantagens quanto à reforma ou restauração, pois combina características destes dois, trazendo ainda avanços tecnológicos sem desfigurar os projetos arquitetônicos originais.

Muito além de uma simples reforma, o conceito de Retrofit está ligado à preservação da memória com o renascimento do bem arquitetônico modernizando-o e o readequando. Devem ser encontradas novas soluções para fachadas, instalações elétricas e hidráulicas, circulação, proteção contra incêndio e mais.

 

As etapas de uma obra de retrofit são: demolição controlada, reforço de estrutura, fechamento, acabamentos, substituição e modernização de elétrica, telefonia e dados, hidráulica e ar condicionado, piso elevado e, por fim, a fachada.

QUANDO FAZER?

O Retrofit pode ser aconselhável em duas situações básicas:

– Quando a recuperação reduz custo em comparação a uma construção nova

– Quando, no caso de uma edificação histórica, essa intervenção cria condições para novas funções e facilita o seu uso

Retrofit de uma fábrica de tecidos tornando-se o novo campus da universidade Abdullah Gül, por Emre Arolat Architects..

Em qualquer uma dessas situações, o Retrofit tem o sentido da renovação! O Retrofit exige que se encontrem soluções integrais para as fachadas, instalações, elevadores, proteção contra incêndio e outros itens

Entretanto, o Retrofit exige que todo o projeto e planejamento sejam executados por profissionais competentes e especializados no assunto. É justamente nessa parte a qual o arquiteto que deseja trabalhar com Retrofit precisa se envolver por completo no estudo desta área.

TIPOS:

– Atualização da edificação com sistemas de segurança, informática e telefonia
Muitas empresas e condomínios têm optado em fazer o retrofit da parte elétrica e eletrônica de seus andares utilizando um piso elevado, em vez de colocar os cabeamentos pelo forro. Segundo as fontes consultadas, o resultado é melhor esteticamente, pois os fios ficam menos à mostra, e também facilita os trabalhos de manutenção e instalação dos equipamentos.

– Instalação de ar-condicionado central e sistemas de iluminação
Também pensando na parte estética da reforma, algumas empresas têm instalado um forro de gesso para esconder as instalações de ar condicionado, juntamente com os fios da iluminação. volta

– Reforma da portaria, hall e elevadores
Também com finalidade estética, tem o objetivo de valorizar o patrimônio. Uma simples troca na decoração do hall, no entanto, não constitui o Retrofit. Retrofit não é maquiar os defeitos, mas melhorar e aprimorar as instalações de uma edificação.

Retrofit consiste em conservar a estrutura original do edifício, acrescentando a ela materiais e equipamentos modernos. Imagem: Fórum da Construção

– Programação dos andares
Pode ser tanto visual (estética) quanto uma redistribuição da área construída. Nesse último caso, em que se divide um andar, por exemplo, em várias salas ou apartamentos, constitui-se um Retrofit com alteração de planta ou projeto. É necessária a aprovação da nova planta na prefeitura.

– Modernização da fachada
Pode ser feita uma alteração radical, como a colocação de estruturas metálicas ou a troca de vidros e janelas. Alterações mais simples, como a mudança da pintura ou a troca de tintas por pastilhas (e vice-versa) também podem ser consideradas Retrofit. O objetivo dessas intervenções é estético e pode gerar a valorização do imóvel. Para alterar a fachada é preciso aprovação da prefeitura local.

 

– Outros tipos de Retrofit

– Instalação de sistemas de prevenção e combate a incêndios;
– Catracas com sistemas digitais de identificação (informatização de dados cadastrais dos usuários para melhor controle de entrada e saída de pessoas).
– Caixilhos de madeira são tratados ou substituídos por alumínio ou PVC, por permitirem vedação perfeita, diminuírem o barulho externo e exigirem pouca manutenção;
– Substituição de fusíveis por disjuntores

E você tem mais alguma dúvida sobre o Retrofit?

As etapas de uma obra de retrofit são:

– Demolição controlada;

– Reforço de estrutura;

– Fechamento, acabamentos;

– Substituição e modernização de elétrica, hidráulica e, por fim, a fachada.

 

Como resultado de um trabalho inicial, o projetista tem a responsabilidade de orientar o usuário quanto aos pontos que devem ser observados, como substituição de equipamentos por outros energicamente mais eficientes, substituição de fluidos refrigerantes, viabilidade de reaproveitamento de partes e/ou componentes da instalação, custos envolvidos, economia prevista, bem como na orientação quanto ao impacto das obras e planejamento de suas etapas.

Assim, por vezes, um projeto de retrofit pode sair mais caro que uma obra começada do zero. Os custos são provenientes de uma boa mão-de-obra necessária, profissionais experientes desde o planejamento até a execução, atualização de materiais e produtos, quebra-quebra ou ampliação, restauração ou substituição da alvenaria, entre outros mais processos.

Entretanto, entre os benefícios temos a melhor qualidade do ar, redução de custos operacionais, economia de energia, além da valorização  do imóvel e do seu entorno.

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